segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cine Debate, Vermelho como o céu

Nesta sexta-feira (27/06/2014), a Secretaria de Educação do Município de Novo Hamburgo, através do setor de educação inclusiva e diversidade, realizou uma sessão de cinema no Cine Espaço do Bourbon Shopping de Novo Hamburgo. A atividade integra a formação para a rede de apoios que trabalham diretamente com alunos com deficiência na Rede Municipal de Ensino de Novo Hamburgo, além disso, é um momento de estimular e instigar ideias para a produção dos curtas que integrarão a III Mostra de Curtas - Curta Inclusão e Diversidade de 2014. 


Vermelho como o Céu do diretor Cristiano Bortone (Itália, 2006) foi o filme exibido, a seguir, uma sinopse escrita por Ana Stamato:


"Há um tempo conheci o filme italiano “Vermelho como o céu’’ que retrata a história real de Mirco Mencacci, um renomado editor de som, com deficiência visual, da Itália. Mirco, personagem apresentado no longa, sofre um acidente e perde a visão com 10 anos, com isso é obrigado a ir estudar num internato para deficientes visuais, pois na Itália dos anos 70 havia uma lei que proibia essas pessoas de frequentar a escola pública regular. 
O garoto sempre foi apaixonado por cinema. Antes do acidente, seu pai o levava sessões de cinema e, mesmo depois que perdeu a visão, ele não deixou de gostar. Ele declara no filme que ainda entende a história porque há vozes e sons ambientes e foi por causa disso que Mirco começa a desenvolver o gosto pela edição de som.
No internato, ele descobre um gravador e começa a desvendar seus outros sentidos, principalmente a audição. Usa-o para representar sons da natureza, e com a ajuda de amigos constrói histórias fascinantes.
O problema é que o diretor do colégio, que também é cego, possui uma visão muito limitada sobre as condições dos garotos com a deficiência visual. Direcionava-os para serviços manuais como a tecelagem, o que infelizmente ainda retrata grande parcela da realidade atual.
Por isso, a história de Mirco é de superação. Ele não ficou limitado a sua condição, buscou seus sonhos se adaptando ao novo modo de vida".


Se você se interessou. Assista o filme completo https://www.youtube.com/watch?v=yvd9R30hNqk


As debatedoras convidadas Caren Kroeff (professora de Artes Visuais com especialização em deficiência visual e atual coordenadora da Adevis), Sandra Oliveira (representante da Fundação Escola Técnica Liberato), Claudia Matter,  Celi Reinrart (respectivamente professora e diretora, ambas artistas da Escola Municipal de Arte Carlos Alberto de Oliveira - Carlão) e Sandra Romanini (psicóloga e psicanalista) analisaram cenas, ressaltando o educador que proporciona experiências de aprendizagem com o olhar para além dos limites da deficiência, mas para as potencialidades que os sujeitos podem desenvolver. O filme também chama a atenção para o quanto uma instituição pode vir a ser limitadora nesse processo e o quanto as ações coletivas são importantes para propor novas formas de viver. Os participantes também puderam dar um relato sobre a experiência do filme relacionado as suas práticas de trabalho. Muitos detalhes encontrados na sutileza desta história foram levantados, entretanto outros ainda ficam latentes para se desdobrarem em novas reflexões e práticas cotidianas.






Se você participou do cine debate ou assistiu ao filme, deixe seu comentário.

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